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SEUL CANCELA ACORDO E TÓQUIO SE ENFURECE.

Atualizado: 7 de dez. de 2018

O presidente sul-coreano, Moon Jae-In, condenou acordo firmado no governo anterior.


A Coreia do Sul fechou na quarta-feira (21), uma fundação financiada pelo governo japonês para apoiar mulheres sul-coreanas, que o exército imperial do Japão empregou, como escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial. Após o anúncio, o governo japonês relembrou sobre a importância do pacto bilateral para a questão, sendo o motivo de polêmica entre ambos os países por décadas. “As relações entre um país e outro não podem existir a menos que cada um cumpra suas promessas”, disse o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, à imprensa local.


Nesse acordo, ambos países decidiram solucionar de forma “final e irreversível” o tema das escravas sexuais com a condição de que Tóquio pedisse desculpas pelos abusos cometidos contra a população durante a colonização da Coreia e abonasse 1 bilhão de ienes à fundação.


O fechamento reflete as posições do presidente sul-coreano Moon Jae-In, eleito em 2017, que já havia revelado descontentamento com a criação da fundação em 2015. O político se apoiou na parte da opinião pública do país, que considera as desculpas – portanto o acordo em si – insuficientes perto do tamanho do problema denunciando que Seul e Tóquio não levaram em conta as vítimas dos abusos na hora de negociar o pacto.


O governo sul-coreano não se pronunciou até o momento sobre o destino da quantia de 1 bilhão de ienes (8,9 milhões de dólares) doados pelo Japão após o tratado. Calcula-se que quase a metade do montante, 440 milhões de ienes (3,9 milhões de dólares), foram entregues a 34 destas escravas sexuais que ainda estão vivas e aos familiares das 58 que já faleceram.


Historiadores estimam que aproximadamente 200.000 meninas e adolescentes, a maioria coreanas, foram vítimas de abusos sexuais pelas tropas imperiais japonesas, principalmente na China e na península coreana, desde os anos 30 do século passado até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.



Matéria por: Fernanda de Sousa.

Não retirar sem os devidos créditos.

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