A KS conheceu o coreógrafo Rikimaru, venha conhecer um pouco mais sobre ele.
Confira a entrevista feita durante a coletiva de imprensa do seu workshop.
• Quais tipos de música brasileira te chamam atenção além do funk?
Riki: Bossa Nova e sertanejo.
• O que a dança representa para você nós sabemos; Mas você já se perguntou o que faria, além da dança e o que te faria igualmente realizado?
Riki: Hum… eu gostaria de ser ator!
• Para suas coreografias, onde você busca inspiração?
Riki: Quando penso em uma coreografia, eu sempre busco ver a natureza, animais.
• A sua coreografia de “Monster” do grupo EXO, ela é muito complexa, com movimentos difíceis. Quanto tempo você demorou para criá-la?
Riki: Demorou 30 minutos.
• Você ficou bem conhecido no Brasil por utilizar músicas como o funk em suas coreografias. Quando você descobriu esse gênero musical?
Riki: Então, quando eu estava estudando na universidade, eu olhei no youtube “músicas brasileiras” e encontrei Naldo, “Amor de chocolate” e “Se joga”. Assim que ouvi a música eu disse “isso é muito diferente, vou fazer algo com isso”.
• Por que você quis ser coreógrafo?
Riki: Ser backup dancer é ok, mas não é a minha criação. Então se eu fizer uma coreografia, as pessoas saberão vendo minha dança. Para mim, eu quero que as pessoas vejam minhas criações e foi por isso que eu escolhi ser coreógrafo.
• Nós descobrimos que sua irmã também é dançarina e coreógrafa. Vocês também compartilham pelo mesmo amor pela dança?
Riki: Sim, eu e minha irmã somos temos o mesmo emprego, quando estamos em casa, sempre conversamos sobre dança. Ela sempre está a procura de músicas novas, mas nem sempre gosta de ensaiar-las. Ela realmente fica muito feliz quando cria uma coreografia, então às vezes eu copio alguma coreografia dela.
• Qual sua mensagem para as pessoas que querem seguir o mesmo sonho?
Riki: Não se estresse, se você se cobrar demais, você vai odiar isso. Mas se você fizer por diversão, vai ser bom.
• Você esperava uma reação tão grande dos brasileiros quando começou a criar coreografias para o funk?
Riki: Na verdade, eu não esperava que os brasileiros gostassem das minhas coreografias. Eu só fiz as coreografias para essas músicas porque as músicas brasileiras são muito simples, sempre usam as mesmas palavras, são músicas que grudam, então eu só segui a batida.
• Você procurou saber o significado das letras enquanto cria as coreografias?
Riki: Sim, eu sempre estou procurando traduções no google.
• Com quem você gostaria de trabalhar no futuro?
Riki: Mc Kevinho. Ele é diferente, ele tem uma voz diferente, um estilo diferente.
• Como você entrou em contato com a música brasileira pela primeira vez?
Riki: Recentemente todo mundo tem copiado a música americana e isso me deixa desanimado, então eu realmente estava a procura de um estilo novo de música. Assim encontrei a música brasileira. Música brasileira é muito diferente, foi por isso que me apaixonei por ela.
• Qual a reação dos seus alunos quando você apresentou a música brasileira a eles?
Riki: As pessoas têm em mente que música americana é legal, então quando encontrei a música brasileira, ela tem uma batida engraçada, de primeira eles amaram, mas depois eu mostrei minha coreografia e eles ficaram “oh”.
• Qual sua experiência mais marcante na sua profissão como coreógrafo?
Riki: Quando eu ensinava a BoA, normalmente os mais velhos eles aprendem mais devagar. Mas BoA, ela é incrível. O que eu achei que ela demoraria 2 ou 3 dias para aprender, ela aprendeu em 3 horas.
• Você pensa em inserir referências brasileiras nos trabalhos no mercado asiático?
Riki: Sim, eu quero fazer isso. Por isso tenho feito coreografias para músicas brasileiras.
• Como foi trabalhar com artistas como BoA, Shinee e Taemin?
Riki: Na primeira vez que encontrei Shinee, eles são meus cantores favoritos, então para mim, eu amo a carreira deles. Eles são muito amigáveis, quando eu mostrei a coreografia, eles foram muito participativos.
• Qual coreografia você mais gostou de fazer?
Riki: Até agora? Abusadamente.
• Por que escolheu o funk brasileiro para dançar?
Riki: A letra, eu não quero fazer só sobre músicas de amor. As letras brasileiras são engraçadas.
• Como despertou interesse pela profissão? E quantas horas você praticava?
Riki: Quando eu assistia a vídeos do Michael Jackson. Praticava em torno de 8 horas.
• Você sente algum preconceito, seja na sociedade em geral, ou especialmente dentro do meio da dança?
Riki: Quando fiz uma audição na América, embora pensassem que eu era bom, eu não me sentia tão bem e senti também que os americanos e brancos tiveram vantagem.
• O que você diria para alguém que já está na dança ou para aqueles que querem começar a dançar?
Riki: Hoje em dias as pessoas só pensam no fato de serem famosa criando vídeos de músicas que estão em alta no mundo, eu acredito que o básico é o fundamental de toda dança, como o ballet por exemplo, se você sabe o básico, você realmente pode ser bom.
• Tem algum artista brasileiro que você gostaria de fazer uma collab? Porque ?
Riki: - Anitta. Eu realmente gosto da Anitta.
• Atualmente quais são as maiores inspirações que você tem?
Riki: - Como artista ele não tem, mas de elementos ele tem as cores e o espaço.
• Qual a maior diferença entre a dança brasileira e a dança asiática?
Riki: A dança asiática é muito técnica, já a brasileira envolve mais emoção. A dança asiática realmente têm bons movimentos, mas não tem emoção, são como robôs.
• Você sempre sonhou em ser coreógrafo ou já tentou fazer audições em empresas de kpop? Ou já ingressou direto na carreira de coreógrafo?
Riki: Na verdade eu sempre quis ser backup dancer, mas ser backup dancer é só dançar a coreografia dos outros. Quando eu vejo vídeos de música, os backup dancers não recebem visibilidade; então eu resolvi ser coreógrafo. Não vou dançar todo o MV, mas vou poder dizer que essa coreografia é minha.
Confira fotos exclusivas da coletiva:
Matéria por: Mariane Ornaghi, Jennie Ogassawara e Lorena. Fotos por: Mariane Ornaghi
Não retirar sem os devidos créditos.
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