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Lendas folclóricas coreanas: História de Kongji e Patzzi – 콩쥐 팥쥐

Muitas histórias podem se assemelhar ou ter sido influenciadas por outras. Contudo, não se tem fontes que provem a data exata que a história de kongji foi escrita, apenas que pertence a dinastia Joseon – que durou vários séculos – aproximadamente entre 1300 até os finais do século XIX. Então de fato pode haver uma semelhança entre a história de Kongji e da Cinderela que conhecemos. A mais antiga foi escrita na China por volta de 860 a.C.



(Do lado esquerdo é uma pintura da primeira obra da Cinderela e ao lado esquerdo a imagem de Kongji).


Kongji, uma menina muito bonita, nasceu em um vilarejo perto do reino. Após 100 dias de vida, sua mãe adoece e morre, com isso, a pequena é criada pelo pai.


Com 14 anos, seu pai se casa novamente com uma mulher jovem que tem uma filha da idade de Kongji chamada Patzzi. Infelizmente, o pai da pequena acaba morrendo também e quem governa a casa é sua madrasta. A mais velha, não gostando da enteada, começou a explorar a mais jovem nos afazeres domésticos enquanto vivia ela e sua filha as custas de Kongji.


A pobre jovem foi ordenada pela madrasta que arasse todo o campo com uma enxada. Percebendo a frustração da garota por ter quebrado o utensílio, um touro veio a sua ajuda e junto araram o terreno.


No outro dia, sua madrasta ordenou que a mesma enchesse de água o pote furado antes que voltasse da cidade. Vendo a missão impossível que a madrasta dera a Kongji, um pequeno sapinho se aproximou do buraco e o tapou com suas costas, assim, ajudando a menina. Percebendo o êxito na tarefa, sua madrasta ficou enfurecida.


Com o passar dos dias e meses essa se tornou a realidade de Kongji.


Um belo dia, o rei anunciou que estava procurando uma esposa e que faria um baile convidando a todos do vilarejo. Desesperada com o fato de Kongji conseguir caso fosse no baile, a madrasta a proíbe de sair de casa antes de terminar todos os afazeres. Mesmo assim, dando duro terminou a tempo, só que a mesma não tinha roupas adequadas para isso.


Uma fada apareceu para ajudá-la nisso, ela fez um lindo Hanbok e pequenos sapatinhos que coubessem apenas em Kongji.


Animada, Kongji foi para o baile do rei. Porém, se aproximando do palácio percebeu que que havia muitos guardas de prontidão. Com medo, a pequena fugiu e voltou para sua casa. Só que no caminho, perde um dos seus sapatinhos. O rei o encontra e fica imaginando quem seria a donzela que teria pés tão delicados para calça-los.


Então, após o baile o rei mandou que seus guardas fizessem uma busca pelo vilarejo atrás da mulher que calçou o sapatinho. Estando quase sem esperanças, encontraram a última mulher que faltava, Kongji. O rei ficou maravilhado com a beleza da jovem e depois que percebeu que o sapatinho serviu na mesma, ele a pede em casamento e vivem felizes para sempre.


A moral da história é a superação da humilde Kongji a adversidade. Lutando e trabalhando pelos seus sonhos o que faz ligação com o ditado popular antigo ocidental “o céu ajuda aqueles que se ajudam”.



Matéria por: Laís Cristina

Não retirar sem os devidos créditos.


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