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O início da Hallyu, a Onda Coreana


Atualmente, o termo “Hallyu”, ou “Onda Coreana”, é utilizado para descrever o crescente interesse mundial pela cultura, música, dramas e pelo estilo de vida coreano. Ao falar em Hallyu, certamente o sucesso do Kpop, nos dias de hoje, vai aparecer na sua cabeça. Porém, esse fenômeno não começou com ele, mas sim com dramas coreanos.


Poderíamos escrever 50 páginas sobre a Hallyu e ainda não seríamos capazes de descrever todos os fatores que influenciaram o fenômeno que vemos hoje, mas trago para vocês um resumo de alguns pontos e acontecimentos que talvez ajudem na compreensão dessa febre coreana.



Centro exportador de cultura pop

Durante duas guerras com a participação da Coreia, soldados de forças aliadas levaram para dentro do país a cultura moderna e popular de fora, como a dos Estados Unidos e da Europa, fazendo com que o país passasse a consumir muita cultura estrangeira.


Somado a isso, no começo de 1990, a lei que proibia viagens para fora do país foi banida e muitos coreanos puderam ir estudar em países da Ásia e da Europa, voltando à Coreia com uma nova visão de mundo. Com o país em crise e uma imagem denegrida, a Coreia do Sul perdeu muitos investidores estrangeiros e passou, então, a trabalhar na melhoria de sua imagem e em sua infraestrutura, dando espaço para muitos pequenos investidores locais e também focando no desenvolvimento tecnológico e cultural do país, procurando consolidar uma identidade nacional.


O Ministério da Cultura passou a incentivar a cultura coreana propriamente dita, tocando músicas coreanas nas rádios, dando suporte para novos gêneros e uma melhor qualidade de produção. Aos poucos, a indústria coreana começou a excluir a cultura estrangeira de seu território e impulsionar sua própria, fazendo com que o país se tornasse um dos poucos que consomem mais produtos locais do que do exterior.


Em 1997, o sucesso do drama coreano ‘What is love?’ (O que é amor?) na China, repleto de tensões familiares e padrões de vida coreanos deslumbrou os chineses e chegou a uma audiência de 4,2%, 150 milhões de telespectadores chineses acompanhando a exibição desse drama. Nesse momento, o termo ‘Hallyu’ foi usado pela primeira vez por jornalistas chineses, no final da década de 90, designando um nome ao fenômeno da entrada e sucesso de dramas coreanos nas transmissões da China.



Drama “What is love?”

Apesar do foco em exportação de dramas coreanos para China, a música também teve marcos importantes na onda coreana. O grupo H.O.T e a solista BoA tiveram grande contribuição para que esse movimento se consolidasse na China, considerado por muitos como uma ponte acima da desconfiança e desinteresse que exista entre China e Coreia por meio século, após a Guerra Coreana entre 1950 e 1953 (na qual a China deu apoio a Coreia do Norte, enquanto os Estados Unidos apoiaram a Coreia do Sul).



Grupo H.O.T e a solista BoA

Programas de rádio, como “Seoul Music Room”, de Beijing e canais de TV de Hong Kong passaram a transmitir MVs de músicas coreanas, seguindo o sucesso do grupo H.O.T. em Hong Kong, Taiwan e China, além de outros como: NRG, Sechs Kies, Shinhwa e Baby V.O.X, que tiveram shows lotados em Taiwan e Hong Kong. Desde então, cantores coreanos tem gravado músicas e álbuns em chinês e japonês com shows regulares nas principais cidades desses países.


A Coreia do Sul, então, se tornou o centro exportador de cultura pop na Ásia – posto anteriormente do Japão.



A nova Hallyu


A Hallyu foi encabeçada por dramas e expandiu principalmente para a China, Japão, Taiwan e países do Sudeste Asiático. Atualmente, temos a “Nova Hallyu”, que se iniciou em meados de 2010 e é liderada pela música coreana, principalmente o Kpop, e que se espalha para além da Ásia, chegando nas Américas e Europa.


Nos dias 10 e 11 de Junho de 2011, o Le Zénith de Paris, uma das maiores casas de espetáculos de Paris, com capacidade para 7.000 pessoas, estava lotado de fãs para um evento da empresa SM Entertainment, que reuniu diversos de seus artistas.



Primeiro SMTown em Paris, 2011.

Logo em seguida, o Kpop começou a atingir novos marcos regularmente, como o teaser de ‘Hot summer’ do grupo feminino F(x) que atingiu milhões de visualizações em dias, o sucesso de eventos similares ao da SM, como o da CUBE Entertainment (Unit CUBE Concert) na Grã-Bretanha e Brasil e um show especial de Girls’ Generation no Madison Square em Nova York (o qual apareceu na manchete principal do jornal Daily News em 23 de outubro com a manchete: "Ataque das Estrelas do K-Pop"), mostrando o constante crescimento desse gênero musical no cenário mundial.


O Kpop, ao expandir para novos territórios, alcançou novas marcas em rankings, recordes e eventos lotados. Uma característica importante da nova Hallyu é o papel das redes sociais e plataformas de música como o Youtube, que permitem que fãs acompanhem simultâneamente os lançamentos e novidades de seus grupos favoritos. É possível conhecer um grupo que ainda nem debutou, ou saber quando um álbum será lançado, pois acompanhamos as novidades em tempo real. Um exemplo disso é a transmissão ao vivo do projeto ‘GD & TOP’ da YG Entertainment, dos membros do Big Bang, G.Dragon e T.O.P, que foi assistido simultaneamente por mais de 390 mil pessoal no mundo todo!


Não precisa ser um ávido fã de Kpop para conhecer a música ‘Gangnam Style’ do PSY, lançada em 2012! Ficando em segunda posição no ranking dos 100 Mais da Billboard e sendo a primeira música do gênero a chegar à primeira posição no ranking britânico de Single, foi importante ao chamar atenção das massas para uma música coreana, possuindo, atualmente, mais de 3 bilhões de visualizações no Youtube!


Você pode ler um pouco mais sobre o inicio do Kpop nesse artigo da KS! (https://www.ksentertainment.com.br/blog/a-historia-do-k-pop)


O interesse pelo Kpop aumenta diariamente, grupos novos debutam constantemente, enquanto grupos já existentes aumentam sua base de fãs, fazem turnês asiáticas e mundiais. O Brasil não está fora dessa tendência e o número de grupos de Kpop que passam pelo país só aumenta!



Por: Vanessa Bassinello

Não retirar sem os devidos créditos.

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