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OS REMAKES DORAMÁTICOS

Venha saber as vantagens e as desvantagens de assistir várias vezes a mesma história.

Noveleiros de plantão sabem que remakes são muito comuns. O Brasil mesmo costuma gravar novamente suas novelas mais antigas, ou até mesmo fazer suas próprias versões de novelas mexicanas. O sentimento de nostalgia (ou de déja vu, em muitos casos) traz sua popularidade, que pode ter sido esquecida, de volta a tona.


A Ásia também ama um dorama e chega a ser campeã na arte da “regravagem”. Geralmente, os países fazem suas versões baseadas nas histórias originais. Mas o que parece apenas “encheção” de linguiça, na verdade, se torna experiências incríveis pelas quais deveria passar.


Para isso, aqui vai 3 razões para você dar uma chance a remakes:


1) Segunda chance


Assistir um remake é o mesmo que apostar novamente em um dorama que você possa não ter gostado (ou até mesmo odiado). E o que parece ser um desperdício de tempo (afinal, por que perder tempo com algo que não gostou quando pode assistir um que está na sua lista) pode acabar sendo surpreendentemente prazeroso.



Playful Kiss foi um dorama que eu assisti no começo da minha jornada no mundo doramático. Torci muito o nariz para a história e confesso que o terminei por muita força de vontade. Mesmo não gostando da história, ao descobrir que era baseado em um mangá e que existiam outras versões, acabei assistindo a adaptação taiwanesa de 2005. Até hoje eu me surpreendo sobre como eu adorei do começo ao fim.



Mesmo sendo a mesma história, um dorama pode muito bem ser completamente novo pelo jeito que a história é contada, pela interpretação dos atores, pela ambientação... Um remake pode se encaixar no seu gosto e fazer te dar uma nova visão.



2) Doramas clássicos para os dias atuais


O ritmo de doramas antigos é bem diferente dos atuais. Antes, as histórias eram arrastadas, com muitos episódios. Você conseguia sentir o peso dos 60 minutos de cada episódio. Muitos dorameiros desgostam disso e acabam abandonando doramas clássicos maravilhosos por causa do jeito que a história é contada.



Goong é um dorama que sofre muito disso. Seus 21 episódios são bem lentos e cansam muitos, mesmo com a história sendo cativante. Mais de 10 anos depois, o lakorn Princess Hours surgiu como remake. Ele trouxe aquela história pros dias de hoje, deixando-a mais dinâmica, mais breve e mais divertida. A versão tailandesa não veio para substituir o antigo, mas veio para renovar os fãs dessa história.



Remakes acabam dando um novo ar a algo que já pode ser amado, a dar mais destaque e notoriedade a algo que pode estar sendo esquecido. E principalmente, para atrair mais fãs.



3) Novas visões


Cada diretor e roteirista têm uma visão diferente de uma história. Personagens mal aproveitados podem acabar recebendo o destaque que merecem justamente, como também isso contribui para encará-lo de outra perspectiva.



O dorama coreano She Was Pretty tem uma história super clichê, baseado na comédia e no tema “Patinho Feio”. Apesar de super divertido, houveram dorameiros que não gostaram da personagem Min Ha-Ri, interpretada pela Go Joon-Hee. Já no remake chinês de 2017, Pretty Li Hui Zhen, a tal melhor amiga da protagonista acaba recebendo um destaque maior. Sierra Li tem muito mais tempo em cena, com sentimentos de Xia Qiao mais trabalhados. Além do mais, o “sismance” entre ela e Li Hui Zhen também se destaca, com várias cenas mostrando a amizade forte das duas.



Novas versões podem trazer novas visões de cada personagem. Alguém amado pode ser odiado e vice-versa. Tudo depende do jeito que a história será contada.

Mas apesar de tantos prós para te convencer a dar uma chance existirem, não podemos fechar os olhos para um grande defeito disso tudo. E é: Assistir muitos remakes é cansativo


O seu lado ruim seria o desenvolvimento de um vício em produzir vártias versões. O público fã de algum dorama pode ser explorado no mercado de remakes, dando incansavelmente versões de uma história só.


Itazura na Kiss, por exemplo, é um mangá shoujo, adaptado desde 1996. Nesses 22 anos, a história já foi adaptada mais de 15 vezes. Só o Japão já produziu anime, 3 doramas e uma trilogia de filmes, que são os mais recentes. Estes foram lançados entre 2016 e 2017, sendo que em 2015 a Tailândia fez seu reboot e em 2016, Taiwan fez um remake da sua própria versão de 2005!



E Hana Yori Dango é outro que está sempre sendo adaptado. O mangá já foi de anime para série estadunidense! Sem contar com os doramas, filmes e reboots já feitos na Ásia em geral.



Produzir tantos remakes de uma mesma história pode fazer algo bom se tornar cada vez mais comum, ao ponto de que, um dia, os fãs ficarão desgastados.



Matéria por: Yasmin Santos.

Não retirar sem os devidos créditos.


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